Márcia d’Orey: "Numa remodelação, é ir sem medos! Os problemas resolvem-se pelo caminho"

Se é verdade que o confinamento empurrou as pessoas para dentro de casa, também há aqueles para quem as coisas não mudaram assim tanto. Márcia d’Orey já viveu um mundo inteiro (estudou em França, viveu em Inglaterra, foi bailarina em grandes palcos) mas, desde que foi mãe da pequena (já enorme) Juju e logo depois da Pi, que o seu universo passou a ser a casa. 

A conta de instagram de Minniemars é um mundo de sonho e fantasia. As fotos são o registo da forma como vivem, entre maquilhagem que cria seres fantásticos, roupas cheias de purpurinas, aventuras culinárias mais ou menos bem-sucedidas e histórias de encantar. 

As obras que faz em casa (com um grau de perfeição e profissionalismo únicos) são o reflexo deste mundo onde Márcia quer viver com os seus amores - as meninas, o seu marido e os seus cães.

Que divisão escolheste remodelar?

Escolhi remodelar a cozinha. Começou por ser uma simples pintura e acabou por ser uma remodelação total.

Porque é que o confinamento é tão estimulante?

A minha visão não mudou muito desde o confinamento. Sempre fui muito caseira e sempre vivi muito para a família e para a minha casa. A diferença é que deixei de ter tantos estímulos exteriores e comecei à procura de inspiração e criatividade entre quatro paredes.

Como é o processo de idealizar uma divisão?

É a parte mais divertida! Muita pesquisa, muita procura de materiais, de peças e tesouros que possa tornar o projeto único e especial. Para mim é a parte relaxante, onde desligo de tudo e deixo a criatividade fluir. 

Objetivo principal desta remodelação?

Melhorar a nossa casa e provar a mim mesma que sou capaz. É uma sensação maravilhosa sentirmos orgulho das nossas capacidades, lutarmos por algo sem esperarmos que o façam por nós e acabar com o sentimento de missão cumprida.

Comprar ou reutilizar?

Reutilizar e comprar. Ambos e a beleza está no equilíbrio entre os dois. É preciso alma e história em cada projeto, mas também sabe bem comprar aquela peça que faz o espaço brilhar. Nem 8 nem 80.

Objeto preferido?

Não tenho um objeto preferido. Tenho fotografias que não vivo sem elas, flores que me dizem mais que muita mobília. 

Tons neutros ou cores fortes?

Tons neutros, mas isso não significa que não veja intensidade e cores em todo o lado. Preciso de viver rodeada de tonalidades suaves e delicadas, harmonia.

Sozinha ou com a família?

Família sem sombra de dúvida. Sozinha momentaneamente e para recarregar, mas é em família que sou mais feliz.

Inspiração?

Difícil responder… Não tenho nada em mente, não procuro nada nem ninguém. Aparece naturalmente e ouço o meu instinto que me diz sempre o que fazer e para onde seguir.

Dicas/conselhos a quem decide começar uma remodelação.

É ir sem medos! Os problemas resolvem-se pelo caminho.